Escrevo versos num papel que está no meu pensamento – Alberto Caeiro
É uma ousadia, senão mesmo um sacrilégio,
apresentar um livro de poemas. Pela simples razão de que o poeta, por mais que
confie no leitor e queira com ele estabelecer cumplicidades e interacções,
receia legitimamente (ou não) que ele não entenda, como os seus companheiros,
os seus “mansos trocadilhos”.
Se o texto poético é susceptível de tantas
interpretações quantas as leituras, reservo as minhas para uma intimidade
reflexiva alheia a imposições de relógios que, para os aposentados como eu,
fazem menos falta do que um par de óculos… Falo em leituras num plural não
arbitrário. Pobre é o poema sem entrelinhas, sem subentendidos, sem
ambiguidades, sem plurissignificações. O valor estético de um texto poético passa
pela ausência de linearidade, pela maneira inovadora e surpreendente de
transmitir uma mensagem, por uma riqueza imagética não forçosamente impeditiva
de assimilar essa mesma mensagem. “A metáfora é a tal pequena perversidade do
poeta”. in LER
Que farei, então, aqui e agora? Deste
homem, que direi? Antes de falar do livro que marcou a poesia portuguesa na
passagem de ano, vou socorrer-me de palavras suas dispersas pelos seus versos, por
jornais e revistas, em geral ilustradas, estas últimas, com a imagem urbana de
“um camponês que anda preso em liberdade pela cidade” (citando Caeiro a
propósito de Cesário Verde) com as suas serras como pano de fundo. Essas
palavras ajudar-nos-ão a conhecer, em parte, a arte poética do autor de Arado, o seu quotidiano dependente do
“ferrão do moscardo da poesia”.
Seguem-se frases/expressões em que o poeta
fala desta sua condição em entrevistas e nos seus diferentes livros de poemas.
Registe-se que, nos últimos anos, a imprensa escrita e falada se tem feito eco mais
sonoro da existência de um homem com uma obra notável, várias vezes premiada,
traduzido em três línguas, e que teve a ousadia de desafiar o destino (Portugal
é Lisboa…), mantendo-se perto das suas raízes nordestinas à prova de vendavais.
Acordaram tarde, mas vale mais tarde do que nunca…
Tentemos, então, reconstituir a Poética de
Pires Cabral numa passagem de olhos pelas suas palavras, pelos seus versos, sem
a pretensão de esgotar o assunto. Assim, em Solo
Arável questiona-se: “De que obscuro canto/ recebo inspiração?”; em CAVALOS DA NOITE afirma ter “a escrita
por vigia”, em DOURO: PIZZICATO E CHULA, dirigindo-se ao rio
Douro, estranha que ele queira ouvir “as intrusas palavras inquinadas do poeta”,
considera os companheiros de viagem “líricos nautas estouvados” e, usando um
plural conhecedor, assume que os poetas são detentores “do seu pequeno gene de
loucura”. Em ARADO, o homem que tem a
natureza como espaço privilegiado de criação poética, assume humildemente: “é
fácil ser poeta/ à custa do vento.” Em “Prefácio”, primeiro texto de TÊMPORAS DA CINZA, um dos livros mais
doridos de Pires Cabral, afirma precisamente o contrário do que tinha defendido
em entrevista à revista LER de Outubro de 2008: “Os poetas são os melhores de
todos nós”. No verso que abre o dito poema escreve: ”Os poetas são os piores de
nós todos”. Ideia reiterada, como que simetricamente, em “Posfácio”: “Os
poetas, repito, / são os piores de nós todos”, ideia contrariada
antiteticamente na seguinte estrofe: “Rectifico: os poetas, tigres de papel, /
não são os piores de todos nós. / Serão talvez / os que mais se amotinam, / os
que mais armadilham as palavras…”
E, comparando-se às folhas das árvores,
escreve: “Assim múltiplo e trémulo sou eu”. Sobre o ofício de poeta (“…nós- os
oficiais do danoso ofício das metáforas”) escreve em “Ofício”:
“Este – o das palavras – não é
o meu ofício.
O meu ofício é outro:
Encher os dias de silêncios,
Hesitações, amuos.
É isto que faço à minha
revelia
- cada baldada manipulação
De palavras que entre si se
não ajustam –
É desastrosamente
um silêncio a menos nos meus
dias.
Um alvoroço a mais.”

No poema “Poetas e Deuses”, inserto em
COBRA D’ÁGUA, estabelece, como o título
indicia, uma comparação entre uns e outros, insurgindo-se contra o dom dos
segundos de fazerem o mesmo que os primeiro “transpirando menos”. Suor
pressupõe trabalho, oficina, um “esforço circense de engendrar tropos, imagens,
expedientes vários…” O texto remata com um plural que engloba os seus “irmãos
poetas”: “….qualquer de nós não passa de um pedestre / sucedâneo de deus. E
viva o velho!” O tom, subtilmente humorístico, não escamoteia uma realidade – o
que subjaz a cada poema saído do labor aturado do artífice que utiliza “as mais
eficazes ferramentas / do [seu] banco de carpinteiro.” (“Resposta” in
GAVETA DO FUNDO)
Voltemos à entrevista atrás referida: “… a
inspiração não tem hora. Não se faz anunciar. Não bate à porta como um
carteiro”.
“Os poetas são os melhores de todos nós.
São aqueles que abrem perspectivas de pensamento. Aqueles que, de alguma forma,
nos ajudam a compreender um bocadinho melhor este mistério tramado - tramado, é realmente o adjectivo – que é
a vida.”
“A poesia entendida ao rés das coisas.”
“Hoje,
o que quero é exprimir-me através da minha poesia e derramar um pouco de beleza
– se é que ela a tem – pelas pessoas que me lêem”. Eu acrescentaria e que me
entendem, uma vez que é o próprio a defender a literatura legível,
ficcional e poética, e a “acusar” certos contemporâneos de hermetismo. E diz:
“… os meus poemas também podem ter qualquer coisa de hermético. Isto é, estou a
exigir dos outros uma coisa que, por vezes, não lhes dou. Mas é assim mesmo. O
homem é feito de contradições e eu assumo esta”.
Antecipando-nos, cremos ser GAVETA DO FUNDO o livro de poesia menos
hermético de Pires Cabral. Assim sendo, talvez os poemas desta gaveta lhe
granjeiem mais leitores, alguns dos quais são adeptos confessos da sua ficção,
mas se intimidam com a dificuldade de compreensão de alguns versos.
Quando, em 2006, Pires Cabral recebe, em
Mateus, o prémio D. Dinis, o presidente do júri, Vasco Graça Moura, intitula o
texto justificativo da escolha de “Um Clássico a Nordeste”. O laureado aceita o
epíteto. A propósito, o Jornal de Letras
pede au poeta uma síntese autobiográfica onde ele afirma: “escrever é a minha
maneira de escapar à morte: perdurar através daquilo que faço. É uma forma de a
esconjurar.”E resume, assim, a sua existência: “Poesia – eis o recheio dos meus
dias”, avançando com a metáfora “o ferrão do moscardo” que emprega, aliás,
referindo-se tanto à poesia como à morte. Romain Rolland também disse: “Criar é
matar a morte”.
Tecidas estas considerações introdutórias
sugiro-vos uma investida às “gavetas” de Pires Cabral que as labaredas não
beberam nem beberão. Essas gavetas de um hoje, existem, algures, e transbordam
como caudal de rio zangado com o seu leito. Nelas já se instalaram, irmãmente,
respeitando cada uma o seu lugar, jóias literárias, logo imorredouras, escritas
em oficina de filigrana, ao longo de quarenta anos. São elas a resposta
silenciosa à dúvida expressa pelo poeta no poema “Senha” em SOLO ARÁVEL: “Que ficará de mim ao se apagar
/ o tímido clarão que me habitou?”
Não cabe aqui referir toda a diversificada
e a longa bibliografia de Pires Cabral. Reporto-me por razões óbvios, à sua
última obra, mais do que nenhuma outra “badalada” e que, apesar da
transversalidade temática que é o Nordeste, constitui, a nosso ver, o vértice
de um triângulo cujas bases são Algures a
Nordeste (1974) e Arado (2009).
A colectânea contempla, grosso modo, três vertentes temáticas.
Uma diz respeito a memórias de vivências rurais em convívio fraterno e cúmplice
com campos cultivados, flores, árvores e frutos, ribeiros tranquilos, animais
seus irmãos de vida, gentes labutadoras, sons de noras, de carros de bois e de
chocalhos de rebanhos, “peixes distraídos”. Memórias comovidas também porque associadas
a um tempo privilegiado de infância e adolescência, porque não passam mesmo
disso, de memórias de realidades sofridamente irrecuperáveis. Aqui arrumar-se-ão,
entre outros, poemas como “Erosão”, “Seara”, “Cães que tive”, “Pirilampos”,
“Nora”, “Sunt lacrimae rerum”, “Requiem pelo rio Tua”. E, claro, “Terra
Quente”, “a minha Terra Quente”, “fiel depositária do meu pó”, “meu invólucro
final”.
O poema “Aquele que trazia uma vinha
guardada”, traduzindo embora uma memória, só fisicamente encaixa no passado.
Volvidos cinco anos após a sua partida, ele continua entre nós, faz parte do
património afectivo de quantos o admiram, a si e à sua obra. Sobre um outro
António que também Cabral, a quem já dedicara um poema em Douro, Pizzicato e Chula, escreve este seu colega de oficio:
“ De modo que, enquanto não
regressa,
a sua voz continua a nosso lado,
indicando caminhos, desbravando
matagais que ocultam a esperança.”
Uma segunda vertente é a dicotomia passado/presente
em que o primeiro espreita, marca, implícita ou explicitamente presença.
Trata-se de poemas que nos falam de um tempo hoje, desolador, de espaços corroídos,
habitados por fantasmas, de onde a globalização e o progresso tecnológico
escorraçaram homens e animais adjuvantes e /ou companheiros de vida, de um
quotidiano captado pela lucidez por vezes impiedosa de quem se quereria em
tempos idos. O poeta nos guiará, nos dará a sua visão poética, amenizará com a
beleza de palavras e imagens a dureza de uma realidade irreversível de transformação
e abandono.
Paradigmático a este respeito, o poema
“Fechou a escola de Grijó”, o que impede os seus poucos habitantes resistentes
de ouvir “as aves da manhã a caminho da escola” mas que, em contrapartida,
enche de júbilo o senhor ministro das Finanças.
Cabe desde já referir que, embora a poesia
de Pires Cabral se caracterize por um tom elegíaco em crescendo desde a
publicação de E SE BOSCH TIVESSE
ENLOUQUECIDO e QUE COMBOIO É ESTE?
(uma muito conseguida alegoria sobre a morte) o poeta não deixa de temperar a
dureza das suas inquietações ligadas à finitude e à “viagem” com salpicos de
ironia, com notas humorísticas, espécies de antídoto aos “rasgões da alma”.
A subtileza deste entrelaçar de elementos
(aparentemente) contraditórios constitui um desafio a uma leitura atenta.
Tomemos por exemplo o texto “Aos meus óculos”, um objecto do dia-a-dia,
indispensável para ler a vida. Se o tom é subtilmente trocista, não podemos
deixar de reparar numa comparação que o poeta faz, sempre cônscio da sua
fragilidade: “Vós que sois de vidro quebradiço/ como o meu próprio barro,…”
Não poderia ter passado em falso o destino
de um rio outrora “amotinado contra as pedras, /cheio de força e pressa…..” que
vê o seu currículo de “rio tumultuoso que mordia as próprias margens…”
achincalhado por imposições técnico-económicas, amansado como fera shakespeariana, morto, “vitimado/ pelos
seus próprios ímpetos / que escondiam turbinas.”
O tema dominante deste livro é, sem dúvida,
o da desertificação das aldeias nordestinas, o abandono dos campos, a
modificação da paisagem. Como escreveu Pedro Mexia, é ele um “Requiem
transmontano” e melhor não sou capaz de dizer. E esta expressão remete-nos para
um desabafo do nosso poeta no texto “Emigrantes” em ALGURES A NORDESTE – “Para cá do Marão manda o olvido”.
Ignoramos se é intencional da parte de Pires
Cabral dedicar os últimos quatro poemas ao que resta do passado e que pode
assim resumir-se: pequenas hortas de subsistência, escombros, “pedras, cardos,
ervas sem préstimo”, poeira, “Gente pouca, envelhecida, / muito dada a
morrer.”, “ventos que mordem o vazio dos campos”, em suma, e empregando uma
eloquente expressão do autor – “O desuso agrário”. Do que foi vida, movimento,
cultivo, azáfama agrária, produtividade, “Restam as hortas”, poema fulcral na
economia da obra, espécie de súmula, de síntese de um Nordeste sempre assumido.
Apesar de tudo, algo resta de uma
identidade ameaçada, além dos tais cibos resistentes onde o ventre da terra continua
a abrir-se à espera de ser fecundado. O poema “Procissão de Aldeia” a lembrar-nos João Villaret e António Lopes Ribeiro, é uma
espécie de políptico, em que visualizamos, passo a passo, o desfilar do cortejo
religioso em honra do Santo em liberdade provisória, onde é escalpelizada uma
realidade rural mais ou menos estereotipada e respeitada uma hierarquia
tacitamente aceite por todos os fiéis que “apaparicam” o padroeiro: “No fim de
tudo, volta o Santo ao seu altar / de papinho cheio…” A respeito deste poema de
registo forçosamente narrativo, chamamos a atenção para o apurado sentido de
humor mais relevante quando se refere aos sapatos novos do padre: “Debaixo do
pálio, o senhor padre pragueja mentalmente / contra os sapatos novos que lhe
apertam os calos…” Outra realidade actual é narrada, em tom crítico, diríamos
mesmo de uma ironia trágica, no texto “Magusto no Lar de Idosos”. Mais urbanos
que rurais, estes espaços recolhem velhices e doenças desamparadas, em geral em
acumulação. Ao assinalar datas festivas com actividades lúdicas, as assistentes
sociais agem “como se houvesse ainda no apoquentado / quotidiano dos velhos
lugar para a festa”.
Registe-se o carácter bipartido, tripartido
e mesmo quadripartido de vários poemas deste livro. Como em andamentos de uma
sinfonia, o poeta faz as suas pausas para que o leitor tome fôlego. Reparte o
todo por partes em sequências lógicas, em segmentos temporais ou outros, quase
sempre sem autonomia, uma vez que se encontram interligados, como é o caso de,
por exemplo, “Vento”, “Nora”, “Requiem pelo Rio Tua”, “O Ribeiro e Eu”, “Nalguinhas”.
Entre aspectos da estética poética de
Pires Cabral transversal a todos os seus títulos, realce especial para o bestiário:
pardais, milhafre, pintassilgo, borboletas, rebanhos, gato, vaca, peixes,
lagartixas, caracóis, rãs, pirilampos, animais benévolos, excluindo o milhafre
a que se vêm juntar, no poema que remata o livro, ratos e morcegos, únicos
habitantes possíveis num habitat que já não é de gente: “O último a sair que
apague a candeia / e cerre a porta. Que
ratos e morcegos / possam sem ser perturbados devassar / o que outrora foi
lugar de gente, / apoderar-se dele, // fazer dele o seu salão de baile.”
Reservei para o fim a abordagem daquilo a
que Pires Cabral chama “peregrinação / aos lodos de mim” onde impera a presença
do eu, o discurso de primeira pessoa,
logo o extravasar de uma interioridade partilhada. Vamos ousar ser nós os
peregrinos em romagem ao interior do poeta da nossa devoção. Calculo que ele
subscreveria os versos de Caeiro em O Guardador de Rebanhos: “Ser poeta não é
uma ambição minha / É a minha maneira de estar sozinho”. Sabemo-lo
introspectivo, ensimesmado, feito de “vidro quebradiço”, com ar de quem traz
sempre um verso atravessado no pensamento. Buscamos mais elementos susceptíveis
de acrescentar dados para a sua poética, para a sua forma pessoal de encarar a
criação literária. E eles surgem-nos, discretos, modestos, irónicos. Em “Arte
de gritar” confessa-nos uma ambição e partilha connosco uma decepção: “Quisera
dizer coisas / que ninguém tivesse dito antes de mim”, mas os seus antecessores
só lhe deixaram migalhas “…para eu me entreter // como uma criança pobre brinca
com destroços/ de brinquedos recuperados do lixo.”Em “Bucólica” (apesar de tudo
mantêm as aldeias um certo bucolismo virgiliano), um quadro pintado “com letras,
com sinais”, à moda de Cesário, as vacas que pastam no lameiro têm alma de
poeta “mas sem as birras destes”. Brinca com a sua essência como acontece em “Do
mal, o menos”: Trago assanhada a veia da poesia (…) // Mas enfim, do mal o
menos: / sempre é melhor trazer a poesia / assanhada do que ter, por exemplo /
a aorta dilatada”. Ainda num registo jocoso, o poema “Resposta” refere-se ao
castigo dado pelo vento a alguém que o interpela “Soberbo com as [suas]
prerrogativas de poeta”.

Na parte II de “Flor da Esteva”, esta
espécie bravia que, juntamente com a urze e a giesta grita a primavera num
branco pintalgado de vermelho, o poeta, contagiado pelo eco festivo, arrisca
“algumas serôdias aleluias” – “Só que a mim/ os gritos saem-me pretos / e sem
pintas de nenhuma cor.”
Recorrendo (o que é habitual) a
comparações, o poeta surge-nos consciente de ter uma missão a cumprir, como um
“Caminho de pé-posto”: “sou um caminho e levo a algum lugar”.
Identifica-se, também, com um
ribeiro em “O Ribeiro e Eu”: “ambos movediços, / trazemos de nascença caminhos
a cumprir” e com uma ribeira: “é fatal perdermos parte de nós /caída no
caminho.”
O livro encerra sob o signo da despedida –
“O Adeus às Almas”, um poema cru, acutilante, mordaz. É um adeus aos espaços e
às gentes do nordeste, um render da guarda, um passar de testemunho de gentes
para bichos repugnantes e negros que se assenhorearão de um território sem que haja
necessidade de luta entre sitiantes e sitiados porque estes não existem.
Terminamos com um poema do livro que foi a
primeira pedra daquilo que é, hoje, um templo de poesia, onde se deve entrar
limpo de pés e de alma. Há 40 anos escreveu Pires Cabral em “Hic et Nunc”:
Aqui e agora assumir do Nordeste
a voz hostil. A excessiva morte
hei-de perfazer: exigência de mim
em campo ferido – memória augusta e salutar.
assumir o Nordeste. urgente. em duro exemplo
vivo. aqui e agora o Nordeste aprendido.
teimar com mansidão. como se
nunca o peito aberto me doesse.
in ALGURES A NORDESTE
Vila Real, 14 de Março de
2014-02-27
M. Hercília Agarez
Nota do editor:
– Apresentação do livro Gaveta do fundo, de A. M. Pires Cabral, por Maria Hercília Agarez.
No dia 14 de Março de 2014, às 21h00, no Centro Cultural Regional de Vila Real.