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Vale da Vilariça.Foto: Leonel Brito |
No Estio, o vale é um
braseiro.
Encurralado entre Bornes e o Reboredo, a
saber a frio e a ferro, e limitado pelas alturas escorregadias e quase abruptas
da Lousa até para lá de Vila Flor, o vale é um dinossauro violento, recostado
em leito húmido. Vê-se-lhe a cauda lá acima, a norte, a estancar as iras da
serra. E, cá em baixo, na Foz, as fauces escancaradas, muito irregulares, a
vomitar escorrências e imundícies na curva do Douro. E, por toda a amplidão do
vale, o dorso calmo, tranquilo, estranhamente sossegado.
Mas é uma fera, o vale. É o Éden e a Geena.
Para experimentar Abraão, criou Deus o cume da montanha; para
sacrificar os homens, concedeu-lhes toda a largura do vale.
No Inverno é ameno, suave. Mas, apertado nos
estreitos braços da natureza e alagado pelos ribeiros e riachos que o
alimentam, rapidamente muda de aspecto. As águas, repelidas pelos contrafortes
pedregosos do Monte Meão, refluem e tornam a paisagem lisa, uniforme e
magestática. É a rebofa, que atormenta os homens, alaga os campos e
cobre casas e plantas. Como o Nilo, no Egipto, em tempos de judeus e de faraós.
Mas, no Verão... O vale, no
Estio, é um braseiro de assar pessoas e animais. A terra úbere, estrumada com
os sedimentos carreados pelas águas inverniças, gera trigos e joios em
abundância. Porque, na terra que dá o pão, germina, indistintamente, a cizânia.
E é preciso cuidar de um e estiolar o outro. Por isso, no Verão, o vale é um
formigueiro.
Na aragem do vale tudo é temporão. O dia, as primícias, os
calores. Tudo vem cedo. Até a vida... Até a morte.
Os sem-terra, os
desprivilegiados da era agrária, vêm de todas as geografias. Do Castedo e do
Vilarinho, da Cabeça de Mouro, da Vide, dos Estevais, do Felgar... E da Cabeça
Boa... E da Vila... E até de mais longe... Vêm homens, vêm mulheres... Vêm
jovens e de meia idade... Até os velhos... Até as crianças, que trocam a escola
e a vida por ajudas de miséria que os braços todos são poucos e débeis para os
trabalhos de Hércules que é preciso levar ao fim.
A jorna é longa. Longa e dura. Ainda os mochos piam, suspensos da
ramagem do arvoredo que enxameia as encostas circundantes... ainda os melros não acordaram o arrebol com
as suas gargalhadas brancas, fugidias... Ainda as rolas não embalam a manhã com
os seus gemidos suaves, inocentes e já os capatazes gritam que vem o dia
chegando, que a noite foi demorada para o descanso, que a jeira é cara e a
jorna curta para tanto trabalho.
E, à
noite, já os corvos abalam para ocidente a perseguir o sol... Já o noitibó percorre os caminhos denunciando
os rebanhos a recolher ao bardo... Já as rãs coaxam nas margens do Sabor e nos
limos dos riachos e dos ribeiros... E ainda os capatazes de vozes duras e
roucas e cenhos avinagrados mandam recolher alfaias e cuidar animais.
Mas é noite. E os homens ressequidos e
exaustos precisam de um leito em que se abandonem para acalmar os ardores que
as chagas despertam nos corpos e nas almas dos jornaleiros. Porque amanhã... E
depois... E depois ainda... É preciso viver. Troca-se a vida por canseiras.
Olhai as aves do campo que não semeiam nem criam...
Mas essas, as aves, comem trigo, comem joios, comem pão, comem
cizânias. O homem, esse, faz escolhas. E dessa consciência lhe advêm medos e
insatisfações, dúvidas e angústias. Por isso, todo o dia, todos os dias, homens
e mulheres descem à Ribeira, trazendo a vida para levar canseiras. O ar é
quente, abafado. A água dos pequenos charcos e poços queima os pés e tortura as
mentes. E, nesse ambiente, não raro sucumbem os corpos, tiritando de frio ao
peso das maleitas, das febres, das sezões.
Exorciza-se o trabalho e afugenta-se a doença praguejando e
semeando preces. Previne-se a peste e expulsa-se a morte queimando aromas e
emborcando chás e mezinhas. E morre-se com frequência. Num palheiro... À sombra
escassa e quente de uma árvore... Em plena torreira do sol... Ou, para o mais
afortunado, numa casa, em cama de palha ou de giesta miúda.
Do Castedo às Cabanas vai um calvário. E são tempos sem estradas,
sem caminhos, sem meios mecanizados. Por isso, as deslocações fazem-se
demoradamente a pé, em mulas estéreis e duras, em asnos dóceis e dengosos. O
terreno é irregular e muito íngreme. E os carreiros de passagem, muito
estreitos, lá vão descendo. Contornam zimbros, rodeiam fragas e vão descendo,
coleantes, numa pacatez de serpente adormecida. Mas, santo Deus, caminhar ali é
sacrifício de peregrino. Que o digam o Ti Angelco e o Roberto, donos de
muitos anos, já nem sabem quantos... Eles que, no Inverno, palmilham todo o horizonte na peugada do
láparo desprevenido e do porco montês sonso e arrojado e, na Primavera, enxada
em punho, cavando aqui, desbravando ali, das pedras fazendo vida... Que o digam
o Sousa d’além Doiro e o Altino, jovens da cidade, muito aperaltados, bota
polida e carabina luzidia... Eles que, habituados aos vícios da urbe
civilizada, mal põem pé na fragada à cata da perdiz esquiva e ligeira, se
desfazem em imprecações e súplicas.
Da Quinta do Peso para baixo é já o céu. E as
Cabanas são mesmo ali.
O Abílio era um homem de sorte. O pai, João da Conceição Carvalho,
possui meio vale. E é, como diz o povo, importante aos olhos da vila.
– Estou vereador – repetia, despretensioso, aos interlocutores. –
Tenho vara, mas isso não enche barriga. Dá trabalhos, dá canseiras... Rouba-nos
o tempo... Mas a causa pública é um dever, e uma honra!
O Abílio era um homem de sorte.
Habitava no vale, um calvário de labor, mas
era um homem de sorte. Musculoso e trabalhador, loquaz e afável, cedo se fez
homem. Eram épocas em que as crianças mal tinham tempo para serem meninos. Por
isso, o Abílio cedo se fez homem. Era um
mouro de trabalho. De manhã e de tarde, ao sol e à chuva, na Primavera e no
Verão... Até nas madrugadas daqueles
Estios que assam os corpos e as almas das gentes... Até nos longos serões de
Inverno alumiados pelo petróleo consumido em candeeiros de chaminés enegrecidas
pelo fumo e pelo uso... Mas, nos dias do Senhor, era um janota. Fato
domingueiro, missa, jantar e... Ala, que se faz tarde. Romaria aqui,
bailarico ali, taberna e copo de três mais além... E namoricos. Oh, quantos!
A meninice, se a teve, fugiu-lhe como um
bocejo. Ele bem via os outros garotos, à sombra dos freixos e dos amieiros do
vale, a armar ratoeiras à passarada. E invejava-lhes o jogo do pião e do eixo
ribaldeixo no largo térreo da aldeia. E invejava-lhes a liberdade de saltar os
muros das hortas e dos eidos pilhando o melão casca de carvalho, o figo
bacorinho ou pingo de mel, as cenouras, as alfaces, as cebolas, os frutos com
que mitigavam a fome que os atormentava desde o nascimento. Mas, para ele, eram
tais passatempos proibidos. Porque é preciso encher celeiro e tulha. Que o
Inverno é mandrião! Come e não produz. Por isso, o Abílio cedo se fez homem. Enquanto o comum
dos garotos mirrava de fome e de frio, o Abílio fazia-se homem.
Aos vinte anos, nas festas da Vila, a Libaninha transformara-lhe o
sangue num mar oceano. Na noite de S. João, passaram o baile agarrados, a
saracotear, envoltos em fumo e em desejo. E, na madrugada, entontecido pelas
melodias da concertina, enleado no corpo mole e abandonado da rapariga,
espicaçado pelo borbulhão do sangue, filou a pequena pelo braço e puxou-a até
ao vão da escadaria do tribunal de comarca.
Desde então, quantas festas
e romarias... Quantas Libaninhas... já nem ele sabe. Ainda lembra a Rosa dos
Chãos, de linguajar fácil e impudico. E a Floralva, ingénua e tímida, que só
conheceu naquela noite e queria já acompanhá-lo no seu regresso a casa:
– Tu és doida, rapariga! Ele, para isso, há um ror de tempo... –
fazia o Abílio, virando as costas e atirando ao ar os braços longos e
enfadados.
E recorda também a Moura, uma estampa, mais conhecedora de homens
do que, segundo dizem, Maria Madalena. E a Zélia, que se deitava nas bermas dos
caminhos em troca de uma misérrima cesta de batatas com que matasse a fome em
dias de Inverno mandrião... E a velha Serafina, de fundas rugas na cara e coxas
avantajadas, que se gabava de lhe terem passado pela mão mais homens do que as
luzinhas da Estrada de Santiago...
Mas, um dia, a Laurinha trocou-lhe as voltas. Ele nalguma ocasião
um homem há-de tomar assento.
Do Castedo à sede comarcã vão três léguas. Mas, santo Deus,
palmilhar Trás-os-Montes no Verão é uma indulgência. O planalto é aberto,
corrido. Mas, na fragada, deixa-se tombar abruptamente para o vale. E os
caminhos, as veredas e azinhagas, moldados pela vontade indomável do
trasmontano, descem coleantes, tortuosos, pisados de séculos pelos carros de
bois, lentos e esforçados, e pelo passarinhar de animais e de gentes na labuta
diária.
Visto do Sabor, o planalto é o monte Nebo de onde Moisés mirou,
deslumbrado e pesaroso, os ribeiros e riachos transbordantes de leite e mel que
inundaram a terra prometida.
No lusco-fusco, os caminhantes tropeçam nas
pedras soltas... Nas raízes dos pinheiros e dos zimbros que ladeiam atalhos e
veredas... Na ansiedade de chegar cedo à feira anual da vila. Acompanham-nos os
últimos sons estríduos dos grilos musiqueiros, discretos e noctívagos. Quando
atravessam o vale, ainda se respira uma aragem humedecida do rocio nocturno.
Porque é preciso evitar os mosquitos portadores de maleitas, de febres e de
sezões. Que tais maleitas querem-se no calor...
Depois da Ponte do Sabor, são dois palmos de
caminho.
Com a chegada à feira, nasce-lhes o Sol no horizonte. E, na alma,
cresce-lhes a aurora diáfana e suave das manhãs de S. João.
A Laurinha, franzina, olhos
tímidos e saudosos, deslumbrados com o mundo e com as gentes, era um palminho
de cara. Trouxeram-na para a vida os primevos anos do século XX, no planalto
castedense. Na serra, como se diz na Ribeira. Eram tempos e latitudes em que se
vivia e morria no local onde, pela primeira vez, se abriam os olhos.
O odor acre dos pinheiros, o aroma selvagem
da bela luz e do rosmaninho, a sombra encortiçada e rugosa dos sobreiros
altivos e possantes... Ali assistiam intermináveis e rotineiros a baptismos, a
enlaces, a actos de encomendação para o Além. Prisioneiros dos lugares e
das condições de nascimento, homens e mulheres abundantemente traziam vida, com
a mesma abundância com que a natureza se encarregava de corrigir descuidos ou
desmandos.
Mas a Laurinha, cadete de nove rebentos, a despeito de franzina,
era de fibra temperada a fogo e a gelo.
– Tem vossemecê filhos? E quantos? –
queriam, amiúde, saber alguns forasteiros em ocasionais encontros de feiras e
de mercados.
– São nove, saiba vossemecê! Todos de ferro, benza-os Deus! –
afirmava orgulhoso o Miguel Sá, agerásico, olhos azulados, saudosos daquela
ancestralidade do mar provençal trazido até ao planalto pelos invasores
franceses, levantando ligeiramente a aba respeitosa do chapéu escuro que lhe
cobria uma ampla testa, larga de cinquenta anos muito vividos e trabalhosos.
E era verdade. Todos os anos, pelos meses quentes e sequiosos de
Julho e Agosto, a aldeia regava com lágrimas e com suor um corrupio de anjos
mal acordados para a vida já levados ao descanso que não finda. Mas o Ti Miguel
Sá – Miguel Eduardo Sá, gostava ele de repisar – e a sua Maria da Luz eram
basálticos.
– Eu e os meus somos de boa cepa! – sorria, interiormente
agradecido.
Naquela manhã, a vila acordara buliçosa. Gente daqui e dali, o
rural e o citadino, o rústico e o erudito, das aldeias e das vilas, das quintas
e dos casais... Um formigueiro desordenado, caótico. Vendem-se galinhas e ovos,
compram-se legumes e primores, apregoam-
-se unguentos e mezinhas, gritam-se imprecações e ordens. E, por todo o largo amplo da feira, ouve-se o hilariante zurrar do gado asinino preso pela arreata a grossas argolas suspensas das paredes vetustas de séculos ou em correrias de experiência nas mãos de ciganos e outros negociantes.
-se unguentos e mezinhas, gritam-se imprecações e ordens. E, por todo o largo amplo da feira, ouve-se o hilariante zurrar do gado asinino preso pela arreata a grossas argolas suspensas das paredes vetustas de séculos ou em correrias de experiência nas mãos de ciganos e outros negociantes.
Aqui e
ali, gritos inseguros de criança e irreverentes imprecações de jovens ansiosos
pela vida. E, pelas esquinas da praça, apoiados em toscos bordões de carvalho
negral, um ou outro idoso transeunte, de tronco vergado menos ao peso dos seus
pecadilhos de jovem do que das saudades de um tempo que lhes fugiu.
E a Laurinha, humilde de alma e de corpo franzina, assustada, olhos oblongos de amêndoa, mirava e remirava
a praça e as coisas, os animais e as pessoas... E olhava tudo com aquele
semblante de deslumbramento ingénuo e infantil.
De sopetão, a um canto da praça, a perseguir as notas dolentes da concertina,
aquela voz traiçoeira, inebriante, tentadora:
Quereis que cante?
Dai-me dinheiro.
Que a minha gargantinha
Não é fole de ferreiro.
À passagem dos foliões, a Laurinha levantou os olhos, humílima,
para o cantador e deixou enrubescer a face. Ao Abílio caiu-lhe a alma.
Suspendeu a marcha e o canto e colocou tocador e acompanhantes em semi-círculo:
– Venha daí um abraço... Dos velhos, Ti Miguel Sá...
– Sempre na estroina, seu alma danada!
– Sabe como é, Ti Miguel... O espírito quer-se temperado com as
folias do corpo! Caso contrário, nem um nem outro encontram porto de salvação.
– Vai passando, um dia, lá por cima... Na serra também há mundo...
E sempre haverá por lá um copo...
– Passo, Ti Miguel. Um dia, passo...
Ensaiou um exercício de memória, fez um gesto ao tocador e logo
continuou a toadilha:
Ó menina coradinha,
Em que água lava o rosto?
Na água da melancia,
Criada no mês de Agosto.
E, no domingo seguinte, às onze em ponto, que
o padre é homem de horas, o nosso homem levou a alma plena, ampla, à igreja do
Castedo. E também no seguinte... E, depois, no outro... E nos outros...
Ao Miguel Sá agradava o rapaz. Ainda que mais velho, agradava.
Agradava-lhe a vara comarcã. Mas, sobretudo, espicaçava-o a posse de meio vale.
– E que dizes tu, Maria da Luz?... Ele lá tem vara de juiz... Não
é para qualquer um...
– Ele, homem de Deus, lá gosta de folias, mas...
– Pois, mas é trabalhador. É um moiro. E, de bens ao luar,
conversados estamos...
– E tu que dizes, Cândida? Ó Conceição, e tu? – quis saber a mãe.
– Para aqui não são as pequenas chamadas. Tu,
Manel... Tu, Silvestre... Sois já homens... Que sabeis vós lá dele? Ele andará
por aí com intenção ou...
– Anda, pois. Fique vossemecê sabendo...
– Porque, se não, a qualquer instante se lhe põe o dedo no nariz.
Pst, ó menino, é ter cuidado. Que as minhas filhas são netas do Manel Sá, não
são mulheres de rua, ouves-me tu?
O Miguel Sá era um mouro de trabalho e um bovino de força e
determinação. As terras do planalto dão testemunho...
Temperado ora por calores de forno, ora por
frios polares, desde sempre fora o ai-jesus da família. A sua chegada foi como
a vinda de um Messias. Nem Simeão ficou mais ledo quando lhe apresentaram o
Menino-Deus. Porque um homem carrega culto e nome e descendência...
Aos dezasseis anos, cansado
por secretas zangas e exausto por incógnitos desencontros com o pai, decidiu
como no evangelho se diz. Deixou pai e mãe, a casa, a adega, a tulha, largou
porta fora e foi tomar enlace com a sua Maria da Luz, cinco anos mais velha, de
aspecto franzino, mas de uma persistência sem limites. Foram um só. E, nas
intimidades do Museto, a condição humana trouxe-lhe nove rebentos ágeis e
espertos que nem judeus. E ele, visionário cidadão do mundo, cedo lhes incutiu
no corpo e no espírito os direitos da mente e os deveres da salvação.
Nos domingos de tarde, comida a refeição a que não faltavam
abluções e preces, reunia a filharada, puxava ora do Êxodo, ora do Génesis,
hoje do Números, amanhã do Levítico, tudo muito velho do tempo e
coçado do uso, e lia. Em voz alta e segura, lia guerras de Saul e sentenças de
Salomão... Lia histórias de leões e de fornalhas... Lia rios
de leite e de
mel... Lia dilúvios e bonanças... Chamavam a esse exercício ler a Bíblia. E ai
de quem pestanejasse antes de terminada a função.
E, nos longos serões de Inverno, quando, lá fora, o vale se cobre
de água e o planalto sucumbe ao peso da neve, juntava toda a prole à volta da
lareira e passava demoradamente as contas do rosário de dores da vida e do
mundo. E, por fim, a ladainha de todos os anjos e arcanjos... Das virtudes e
das potestades... Dos querubins e dos
serafins... De todos os santos e
mártires das cortes celestiais.
– São Judas Tadeu, rogai por nós... Olha por lá não te cortes
nessa faca, Maria da Luz...
– São Pedro e São Paulo, rogai por nós...
As mais novas, havia tempo, bocejavam,
dormitavam. Os dois rapazes, ariscos e distraídos, desenhavam grandes círculos
encarnados com as pontas incandescentes das vergas de giesta a arder na
lareira. Mas, quem se levantasse antes de terminada a função, arriscava-se.
– Santa Maria Madalena... Olha que levas uma
tenazada, Silvestre! Rogai por nós...
E continuava largamente a invocação dos mortos e as preces pelas
intenções dos vivos...
... ... ...
3 comentários:
De um realismo soberbo! Adorei!
Helder Rodrigues :
É salutar que a ALTM vá divulgando os autores transmontanos, que os há "bôs" e são bastantes...
Lucilia Goncalves :
Parabéns pela divulgação de autores transmontanos, que promovem e divulgam a cultura, as terras e lugares transmontanos!!!!!!!!!!!!!
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