17 maio 2011

A. M. Pires Cabral vence o Grande Prémio de Conto "Camilo Castelo Branco"

Com grande satisfação e muitos parabéns ao Presidente da Assembleia Geral da ALTM, A. M. Pires Cabral, transcrevemos o seguinte Comunicado de Imprensa da APE - Associação Portuguesa de Escritores:

COMUNICADO DE IMPRENSA

A. M. PIRES CABRAL vence o
GRANDE PRÉMIO DE CONTO “CAMILO CASTELO BRANCO”
C. M. DE VILA NOVA DE FAMALICÃO/APE

Um júri constituído por Afonso Cruz, José António Gomes e Serafina Martins, com a coordenação de Fernando Miguel Bernardes, reunidos na Sede da APE, decidiu por unanimidade, atribuir o prémio ao livro “O Porco de Erimanto“, de A. M. Pires de Cabral (Cotovia).


O júri valorizou a arquitectura dos enredos, a capacidade de jogar com a perspectiva do narrador, a diversidade dos registos linguísticos (do erudito ao mais coloquial e até ao escatológico) e o trabalho de apuro estilístico do texto. A exploração do absurdo e o sentido de humor constituem dois outros traços marcantes de uma colectânea que se distingue pela sua unidade e equilíbrio internos e pela cultura literária evidenciada pelo Autor.”
(Fundamentação do júri)



O Prémio, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão é relativo ao ano de 2010 e o seu valor é de 7.500 euros.
Anteriormente distinguidos com o galardão foram os escritores Mário de Carvalho, Teresa Veiga, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria, José Eduardo Agualusa, José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Kellerman, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Teresa Veiga, pela 2.ª vez e Afonso Cruz.

A cerimónia de entrega do prémio será oportunamente divulgada.

A Direcção



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07 maio 2011

Manuol Sardina (1841-1911)


Manuol Sardina, nome mirandés de l abade de Samartino de Angueira, Manuel Joaquim Sardinha, fui un grande poeta mirandés de l seclo XIX, colaborador de A Folha de João Penha i de outras rebistas de l tiempo, eiqui cul pseudónimo de Manuel Sardenha. Un die destes publicaremos la sue obra, yá que faç astanho 100 anhos que se morriu.
Eiqui deixo un cacho dua carta que le screbiu a José Leite de Vasconcelos an  outubre de 1884 i que nun percisa de comentairos ou apersentaçones para alhá deilha mesma:



... You mesmo, que sei bien este dialeto, solo agora, grácias al buosso bun eisemplo, i tamien al bun gusto que m’apeguestes, ampeço a çcubrir filones d’ouro nesta antressantíssima lhéngua, que se ten cunserbado stacionária, cumo las gentes senzielhas que la fálan, Dius sabe quantos seclos haberá yá. I todo esto debemos nosoutros, los anfelizes mirandeses, a los gobernos paternales de l rei nuosso sinhor, que siempre nos há çpreziado i a los sábios nun menos paternales de las nuossas academias, que nin sequiera sáben de la eisisténcia de tal mina, esto ye, de tal lhéngua. Bergonha aterna a todos eilhes!...