No dia 9 de
abril, teve lugar, no Arquivo Distrital de Bragança, a inauguração da exposição
comemorativa do centenário da Grande Guerra (1914-1918). A exposição,
fotográfica e documental, é uma iniciativa conjunta da Academia de Letras de
Trás-os-Montes e do Arquivo Distrital de Bragança.
A sessão teve
início com as palavras de boas-vindas proferidas pela Diretora do Arquivo, Dr.ª
Élia Correia, ressaltando a importância daquele momento, coincidente com o dia
da comemoração da Batalha de La Lys. Referiu, de seguida, o relevante
significado do material exposto, do qual constam documentos que integram o
valioso acervo do Arquivo.
A Presidente
da Academia, Dr.ª Assunção Anes Morais, elogiou esta parceria e manifestou o
desejo de repetir-se, dado ser fator de promoção do enriquecimento do
património histórico e cultural da região e do país, objetivo comum às duas
instituições.
Posteriormente,
teve a palavra a Doutora Adília Fernandes, a quem se deve a cedência das
fotografias, das digitalizações dos jornais do distrito e de alguns livros. Pós-Doutorada
em História e investigadora do CITCEM-UP (Centro de Investigação
Transdisciplinar: Cultura, Espaço, Memória, da Universidade do Porto), tem
centrado os seus estudos na região transmontana, presidindo, nesse âmbito, à direção
do CEPIHS (Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica e Social de
Trás-os-Montes e Alto Douro) e à Revista
CEPIHS. É sócia da Academia de Letras de Trás-os-Montes e elemento do
Conselho Científico da Associação dos Amigos do Arquivo Distrital de Bragança. Depois
de salientar a coleção fotográfica de Joshua Benoliel e de lhe dedicar algumas
palavras como pioneiro em Portugal do fotojornalismo, proferiu uma breve
palestra sobre a Grande Guerra. Destacou a historiografia atual sobre o
conflito, que ultrapassa as
tradicionais interpretações político-diplomática e militar e privilegia os
aspetos social, político e cultural e a dimensão afetiva e simbólica. Para
estas diferentes abordagens concorre a valorização das experiências dos
combatentes como eixo de análise histórica, fonte importante não apenas para o
entendimento da Grande Guerra como da realidade do pós-guerra.
Finalmente,
os presentes apreciaram a exposição, que continua aberta ao público até ao dia
4 de maio. Alargou-se a data inicialmente proposta para o seu encerramento, dado
verificar- -se a afluência diária de
alunos de diferentes faixas etárias e níveis de ensino, para além do público em
geral.
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