21 agosto 2015

A SENHORA DA SERRA, por Cláudio Carneiro


          A SENHORA DA SERRA

 
Desamparada, assim, Menino ao colo,

Martirizada, triste, em desalento,

Na ermidinha da serra, exposta ao vento,

Habita a Virgem Mãe, resvés ao solo.


Constrange-me este quadro, o desconsolo

Desta humilde Mulher. Sem um lamento,

Descalça e mal vestida, em sofrimento,

Não fora no Menino achar consolo.

 

A aparição do anjo, o seu recado,

A concepção de Cristo, O Incriado,

Que é Pai e Filho, é Deus e é Jesus.

Não discerne, talvez, que afaga ao peito

Quem, no devir dos anos, Homem feito,

Será crucificado numa Cruz.


 
Com amizade, o chacinense


Cláudio Carneiro.  

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