31 março 2015

ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DA ACADEMIA DE LETRAS DE TRÁS-OS-MONTES REALIZADA A 1 DE MARÇO DE 2014

ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DA ACADEMIA DE LETRAS DE TRÁS-OS-MONTES REALIZADA A 1 DE MARÇO DE 2014 NO AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL MUNICIPAL ADRIANO MOREIRA EM BRAGANÇA.


A Assembleia Geral teve início cerca das 10.30 H, pela saudação a todos os presentes do seu Presidente, Ernesto Rodrigues. De seguida, procedeu-se à operacionalização da ordem de trabalhos enviada por email, e, em tempo oportuno, a todos os sócios.--------------------------------
Ponto 1. Leitura da acta da reunião anterior – realizada pela 1ª secretária, Mª da Assunção Anes Morais, a qual, não havendo nada a opor, se deu por aprovada. Seguiu-se o-----------------------
Ponto 2. Aprovação do Relatório de Actividades e do Relatório de Contas do exercício de 2013.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Ernesto Rodrigues, deu a palavra ao Vice-Presidente da Direcção, António Tiza, que, antes de iniciar o referido ponto, leu uma mensagem do Presidente da Direcção da Academia de Letras, Amadeu Ferreira, ausente, por razões de saúde. Nela, é expresso um agradecimento ao Vice-Presidente da Direcção, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e aos restantes elementos da Direcção, pelo trabalho desenvolvido, ao mesmo tempo que apresenta a sua concordância com os documentos que irão ser analisados nesta Assembleia Geral. Pensa estar presente numa próxima oportunidade. De seguida, o Vice-Presidente da Direcção agradeceu a presença de todos os sócios da Academia nesta Assembleia, principalmente aos que tinham vindo de mais longe, como Lisboa, Porto, Vila Real, Moncorvo, Mirandela ou Macedo, não se compreendendo, assim, a ausência dos que residem mais perto, em Bragança, por exemplo. O Presidente da Assembleia Geral interveio, entretanto, para resumir o Relatório de Contas do exercício de 2013, em que, após a apresentação das despesas e das receitas, havia um saldo positivo de cerca de 1.200,00 €. Voltou novamente a intervir o Vice-Presidente da Direcção para apresentar o Relatório de Actividades. Referiu o trabalho notável realizado por  Leonel Brito na realização e produção de 7 vídeos, de um conjunto de 11 programados; as intervenções da Academia de Letras de Trás-os-Montes no Programa da Rádio Brigantia e Rádio Bragançana (RBA), não só nos últimos 3 meses do ano de 2013, mas em outros,  em que participaram os seguintes autores: Ernesto Rodrigues, Hercília Agarez, Amadeu Ferreira, António Tiza, Rogério Rodrigues, Hirondino Fernandes, Fernando Mascarenhas e Fernando de Castro Branco. No que concerne ao blogue da Academia de Letras, entrou numa nova dinâmica, desde que foi assumido pelo Leonel Brito e Pedro Santos. Para terminar este ponto, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral fez uma síntese do mesmo, focando o valioso trabalho existente, memória documental notável nos vídeos realizados, e que Direcção se tinha de debruçar sobre o destino e uso a dar-lhe. De seguida, passámos para o ---------------------------
Ponto 3. Aprovação do Plano de Actividades e do Orçamento para 2014. Neste Ponto, intervieram quer Ernesto Rodrigues, quer António Tiza, pelo que vamos referir-nos aos pontos, conforme apresentados. 1) Orçamento: Valor previsto em quotas/jóias dos sócios: 2.500,00 €, valor considerável favorável, e, de Subsídios: 2.000,00 €, resultante de financiamentos das Câmaras onde serão apresentados os vídeos dos autores daí originários; considera-se que este valor será baixo para a previsão. 2) Plano de Actividades: Continuação do apoio à obra do Padre António Vieira; Continuação da realização dos Documentários; Participação no evento Artes e Livros, que a Câmara Municipal de Bragança costuma organizar por volta do dia 10 de Junho, indo-se contactar a Vereadora do respectivo pelouro para o efeito; Publicação da Antologia de Escritoras Transmontanas (ideia inovadora); Reuniões com as Câmaras para apoio de autores menos conhecidos, a fim de apoiarem a publicação dos seus escritos; Visita a Belém do Pará - Brasil; Continuação do Programa de Rádio (no corrente ano, foram já apresentados, em Janeiro, Sá Gué, e, em Fevereiro, António Júlio Andrade; em Março, será a vez de António Fortuna). Acrescentou-se que a Academia não tinha verbas para o pagamento de todas as despesas, nomeadamente a viagem ao Brasil, tornando-se esta bastante dispendiosa; e, para a Antologia de Escritoras Transmontanas, tinha-se inscrito no orçamento um valor de 1.000,00€. Sobre este ponto seguiram-se intervenções dos seguintes membros: Rogério Rodrigues, informando que a Editora Âncora, de A. Batista Lopes, se encontrava disponível para publicar novas obras, à semelhança da Editora Lema d’Origem, de António Sá Gué. Fernando Mascarenhas solicitou informação da existência, ou não, do compromisso de o autor adquirir um certo número de exemplares por si ou por uma 3ª pessoa/entidade, nomeadamente a Autarquia. Foi informado que a prática da Âncora não era essa. Rogério Rodrigues acrescentou que a Âncora tinha uma distribuidora própria, o que lhe possibilitava uma poupança de cerca de 50% em comparação com outras editoras. Além disso, recorria a um nicho de mercado, nomeadamente na FNAC, Bertrand e outras livrarias locais. Ernesto Rodrigues informou que, por exemplo, tal compromisso não era só das pequenas editoras, já que tinha conhecimento, por exemplo, da Porto Editora, que oferecia algumas chancelas aos autores, e, caso os livros não se vendessem, os mesmos tinham de o adquirir o remanescente. Relativamente à Âncora, não se passava isso, mesmo no campo da poesia, onde as tiragens eram menores, área que o Rogério Rodrigues dirigia, conseguindo apoios locais e regionais para o efeito. José Mário Leite interveio no sentido em que, relativamente aos Documentários sobre os autores oriundos de alguns Municípios, e o apoio por parte destes, considerava que o valor orçamentado ‒ 2.000,00 € ‒ era muito pequeno, já que, no seu parecer, as obras “faraónicas” tinham acabado, encontrando-nos num novo ciclo político, e seria tempo de se preservar a memória do povo através da cultura, comentário corroborado por Fernando Mascarenhas. Rogério Rodrigues interveio para propor que fosse pensada a criação de uma união das Câmaras do distrito, com representação em Bragança e com o Patrocínio da Academia, cujo objetivo seria o apoio na apresentação das obras dos diferentes autores. Ernesto Rodrigues lançou o repto aos autores presentes de Vila Real, nomeadamente, Hercília Agarez, Isabel Alves e António Fortuna, em associação com o Grémio Literário, exemplificando com uma experiência anterior, própria, o lançamento de volume de Raul Rêgo.-----------------------------
Passou-se, depois, ao -----------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 4. Proposta de Leonel Brito como sócio honorário. Seguiram-se alguns testemunhos sobre a pessoa e obra de Leonel Brito, e merecida distinção. O Presidente da Assembleia Geral e o Vice-Presidente da Direcção referiram a obra de realização e produção dos Documentários dos Autores Transmontanos, o elevado número de horas de trabalho efectuado e a sua dedicação ao blogue da Academia de Letras, pelo que gostariam de o ter como sócio honorário. Rogério Rodrigues fez uma retrospectiva da vasta obra cinematográfica e de produção de Leonel Brito desde o 25 de abril de 1974, até ao presente, contemplando quase todas as zonas do País, com evidência para Trás-os-Montes, Porto, Madeira, para além da sua referência de amigo, há cerca de 50 anos. Ernesto Rodrigues acrescentou o trabalho de 23 H com Amadeu Ferreira, um importantíssimo documentário sobre a sua vida e obra. Hercília Agarez referiu a dinamização do blogue e a sua eficácia. Ernesto Rodrigues terminou com uma saudação e um agradecimento por estar presente, sendo a proposta aprovada por unanimidade e aclamação. Leonel Brito tomou a palavra, emocionado, falando sobre algum do seu trabalho neste último ano, concretamente a gravação que fez com Amadeu Ferreira e também sobre os pais deste, relatando a vida de Sendim – Miranda, a sua infância, a vida de seminarista, a sua vida profissional; referiu, enfim, que, no documentário dos diferentes autores, o que lhe interessou foi a parte humana do escritor, concretamente os depoimentos sobre a sua vida desde a meninice até ao presente. Histórias de vida que o marcaram. Concorda, pois, que as Câmara Municipais colaborem e ajudem na sua divulgação. Relativamente ao blogue, é um trabalho dos diferentes escritores, solicitando o envio de textos para a respetiva integração no mesmo, nomeadamente, livros, congressos em que participaram, apresentações, entrevistas, etc. Este é um trabalho que fica para sempre. Pode ser impresso, estudado, trabalhado. É um oferecimento de trabalho cívico. Ernesto Rodrigues referenciou o apoio também a autores não nascidos na região, mas aqui ligados pela escrita, como é o caso de Teresa Martins Marques. ---------------------------------------------------------------
Seguiu-se o último ponto, o ----------------------------------------------------------------------------------
Ponto 5. Outros assuntos. Sá Gué interveio, congratulando-se por Leonel Brito estar connosco, pessoa que, sendo sua conterrânea, o ajudou muito, quer como autor, quer como editor. Neste caso, na edição de autores, para uma editora da dimensão da sua, surgem sempre alguns constrangimentos, até porque nem as Autarquias estão a apoiar. Lança a ideia da Criação de um Centro de Estudos Transmontanos, sobre autores e novos autores que têm trabalhos realizados, concretamente de mestrados e doutoramentos, e que mereciam ser publicados. A Academia devia ser como um impulsionador nestas situações. Ernesto Rodrigues referiu que, nesta matéria, existe uma experiência muito interessante no Funchal que é o Centro de Estudos do Atlântico, onde, em vez da edição do exemplar completo, só é impresso 1 primeiro capítulo, resumo, de cerca de 16 páginas, e o restante texto é apresentado em CD, que se anexa, tornando-se assim mais barato e com maior facilidade de acesso ao público em geral. Deu, ainda, o exemplo das Memórias Arqueológico-Históricas… do Abade de Baçal, apresentadas no blogue da Academia, que Leonel Brito sustenta e coordena. Referiu, também, haver online muitas teses de doutoramento e dissertações de mestrados, cujos autores não autorizam a recolha de elementos. A Academia poderia realizar esse trabalho, contribuindo, assim, como uma fonte de receitas, situação a estudar, levando um preço simbólico por cada consulta. É seu parecer que nenhuma editora arriscaria investir em tais trabalhos. Teresa Matyins Marques referiu a existência de textos para diferentes universos, em que as citações seriam recolhidas com download directo, com um público especializado e mais barato para todos. Leonel Brito confirmou a informação de Teresa Marques, dando, como exemplo, um filme que fez com Rogério Rodrigues e se encontra como documento na biblioteca da Câmara de Torre de Moncorvo, e também no blogue “Farrapos de Memória”, que teve quase 1 milhão de visitas, tornando inviável o seu controlo. Referiu-se à biblioteca digital, e à passagem do pergaminho ao papel, até ao digital. Mesmo o CD ‒ considerou ‒ vai desaparecer. Ernesto Rodrigues solicitou a António Tiza que desse a informação sobre o 3º Encontro Livreiro que se realizara no anterior fim-de-semana (sábado) na livraria Rosa D`Ouro, em Bragança, participado por livrarias dos distritos de Vila Real e Bragança, e vários Autores. A Academia também esteve presente, oferecendo a sua colaboração. Após um pequeno resumo de como decorreu, Sá Gué acrescentou que a ideia resultante deste Encontro é fazer circular pelas diferentes livrarias os autores nas suas apresentações, donde resultava que, se, antes, só se viam nas livrarias as grandes editoras, neste momento, as pequenas já têm alguma visibilidade. Teresa Martins Marques acrescentou ser também necessário que as apresentações de obras de autores se concretizem em novas formas, com alguma criatividade, dando o exemplo de uma entrevista ao próprio autor.-----------
Questionando os presentes  sobre se alguém desejaria falar, o que não aconteceu, o Presidente da Mesa da Assembleia deu por finda a Assembleia Geral cerca das 13 H.--------------------------
Da mesma, elaborou-se a presente Acta que vai ser datada e assinada pelos elementos da Assembleia Geral.

Bragança, 1 de Março de 2014.

Ernesto Rodrigues
Maria da Assunção Anes Morais
Idalina Brito


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