
Antes da subida ‒ indica-nos, à esquerda, a
casa de Elba Ramalho ‒, lauteámo-nos na Pousada da Alcobaça, em Corrêas, onde,
só de olhar ao almoço e à envolvente natural, apetece ficar uns dias. Vínhamos
com apetite, já, após longa travessia desde D. João VI e seu neto Pedro II, que
de Petrópolis fazia, no Verão, capital imperial, em cujo palácio ‒ hoje, museu
‒ passeámos, dentro de chinelos próprios. O imperador, aliás, gostava de usar
pantufas…
Ora, este 6 de Setembro, sábado
histórico-ecológico, é generosidade de quem acaba de viver cinco dias
intensíssimos enquanto coordenadora-geral do 7.º Colóquio do Polo de Pesquisas
Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro
(também vice-preside a este), que distribuiu 160 conferencistas sobre
“Percursos interculturais luso-brasileiros: modos de pensar e fazer” pelo Real
Gabinete e Liceu Literário Português. É difícil, em Portugal, imaginar uma
organização destas, em que Gilda tanto pensa o almoço dos convidados como
dirige mesa de jovens pesquisadores. Gostei que trouxesse à Sala dos Brasões a
querida professora Cleonice Berardinelli, 98 anos em 28 de Agosto.
Aos seis anos, partiu para o Brasil a menina
de Belver, Carrazeda de Ansiães. Lá e cá, é a principal ponte entre as margens
do Atlântico.
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