29 janeiro 2014

RIBEIRA DE PENA E CAMILO: O PRINCÍPIO DO FIM DA SUA ODISSEIA AMOROSA,por M. Hercília Agarez

“Envelheci a amar” in No Bom Jesus do Monte
Introdução
    Na sua obra Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett, socorrendo-se de um dito de Yorick, bobo do rei da Dinamarca, afirma, vindo em defesa de Carlos, seu alter ego: “O coração humano é como o estômago humano; não pode estar vazio, precisa de alimento sempre.” Assim foi com Camilo. Revela-o, por exemplo, o testemunho de Ricardo Jorge na descrição que faz do seu casamento com Ana Plácido:
    “No sofá, aconchegados os noivos, ambos de charuto ao canto da boca. Camilo está outro, calmo e contente, fala e graceja como de costume nos seus bons momentos. Acaricia a mulher, dirige-lhe requebros, chama-lhe a cada passo a Srª Viscondessa, sublinhando o título com entono e realce.” in Como se Casou Camilo
Desenvolvimento
    Qualquer estudo sobre o percurso humano de Camilo é um quebra-cabeças. Porque ele transfere para a ficção romanesca e para as crónicas pedaços da sua vida, porque os seus biógrafos e estudiosos nem sempre convergem em análises de factos e respectivas datas. O que eram, no início dos estudos camilianos, dados adquiridos, alguns talvez baseados em nem sempre críveis fontes orais, veio, com o aumento de rigor posto na investigação e inerente busca de documentos autênticos, a tornar-se falsidade. Refiram-se ainda revelações inesperadas que camilianistas apaixonados e insaciáveis nos oferecem, como é o caso do livro “Os manuscritos de Gertrudes” da autoria de Manuel Tavares Teles. A bibliografia passiva camiliana é, por outro lado, imensa, ao mesmo tempo que a conturbada existência do “torturado” se presta a especulações. Saber, sobre Camilo, onde acaba a verdade e começa a lenda, é tarefa difícil para quem se dedica ao estudo da sua biografia. Que ela dava romance, prova-o a existência dos livros O Romance do Romancista de Alberto Pimentel e de O Romance de Camilo de Aquilino Ribeiro.
    Se dermos créditos ao que Camilo escreve, em verso e em prosa, não aportou ele a Ribeira de Pena virgem de coração. Terá sido enfeitiçado por donzelas da aldeia da Samardã, tão puras como águas de riacho ou como as ervas que as suas ovelhas pasciam. Fora, pois, o campo o cenário idílico de “devaneios infantis” entre o rapaz a entrar na puberdade e as camponesas enredadas em tarefas agrícolas.
    Elas (Luísa, Rosa, Ângela, Margarida???) lhe terão inspirado poemas mais tarde recolhidos em Um Livro, oferecido ao grande amigo/editor/protector José Barbosa e Silva em 1854.
     Se alguns correspondem a figuras/flirts reais, outros não passarão de criações justificativas do cultivo de versos no género lírico para o qual, convenhamos, Camilo não foi vocacionado. Desfaz-se em redondilhas lamechas e inflamadas, em torrentes verborreicas de rimas pobres, como é o caso de uma composição poética de dezasseis estrofes irregulares dedicada a uma tal Luísa:

Luísa
Luísa, flor entre as fragas,
donairosa camponesa,
toda graças e pureza,
lindo esmalte das campinas,
colhes no prado as boninas
brincas à tarde, na espalda,
onde verdeja a alameda
da viva cor da esmeralda?
Brincas, Luísa, afagando,
o que mais amas no bando,
o teu alvo cordeirinho?
[…]
Quando, à noite, o gado metes,
farto e ledo, em seu redil,
vais no coro das donzelas,
onde as não viste mais belas,
descantar cadenciosos
carmes de alma tão saudosos,
dum sabor tão infantil!...
…………………………………………………

Joaquina Pereira de França (1826-1847)

    Quando, há anos, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a Casa de Camilo e o Centro de Estudos Camilianos promoveram uma exposição itinerante sobre as mulheres de Camilo (título ambíguo), houve omissões iconográficas naturais como a da mãe do escritor e a da freira Isabel Cândida. Também não consta nenhuma imagem de Joaquina Pereira de França. Com base na opinião de Alberto Pimentel de que seria ela muito parecida com a irmã Rosa, cabe-nos, através da fotografia desta, imaginar aquela que Mário de Meneses caracteriza como uma “mocetona de peitos empinados e tez morena”.
    Na altura em que um rapazola endiabrado e à deriva nos caminhos da vida troca a Samardã por Friúme, estamos ainda longe de poder contar com a sua epistolografia como suporte para a análise e conhecimento do seu quotidiano sentimental, profissional e social. Assim sendo, teremos de cingir-nos aos biógrafos ou simples estudiosos e encontrar, em alguma ficção, caminhos paralelos.
    Em Uma Sombra Picada das Bexigas João de Araújo Correia, para quem o autor de Anátema era o exemplo máximo do culto da língua portuguesa, escreve:
   
     “Se transpusermos, no distrito de Vila Real, a serra do Alvão, caímos em Ribeira de Pena, terra onde Camilo, dos dezasseis aos dezoito anos, viveu o equivalente a vinte anos de vida ordinária. Pandegou, namorou, casou, estudou e intrigou. Mas fez mais… Observou o ambiente, subiu e desceu montanhas, caçou factos vivos que lhe serviram, durante a vida literária, como sementes de efabulações.” […] Viveu em Friúme dois anos completos. Antes de casar, terá sido hóspede de sua prima Maria do Loreto, consorte estapafúrdia de um tal Moreira. Depois de casado, viveu num denegrido cardenho, hoje arruinado e desabitado.”

  No seu livro O Penitente (Camilo Castelo Branco), Teixeira de Pascoaes dá-nos conta da ida de Camilo da Samardã para Friúme. Aí exercerá a primeira actividade – a de ajudante de tabelião. A aldeia, descreve-a assim: “Friúme é um pequeno povo, três ou quatro fogos arrefecidos, na margem do Tâmega e perto de Ribeira de Pena. Fica num fundo vale, onde os empinados montes circundantes despejam torrentes de sombra, ao pôr-do-sol. E é logo a escuridão absoluta a rever-se nas águas do Tâmega, adormecida no seu leito. E adormecidas sonham as estrelas. E as estrelas sonhadas brilham como as verdadeiras.”
     Chegado a Friúme, para onde fora impontado na expectativa de aí aprender o significado da palavra trabalho, pensaria o adolescente armado em sedutor conquistar as moçoilas das redondezas. Tal não terá acontecido, segundo Ludovico de Meneses citado por Aquilino que afirma, por tê-lo ouvido no local, fazerem elas dele “gato-sapato”, correndo-o à pedrada e chamando-lhe, em voz bem alta, feião.
    Diferente tratamento lhe terá dispensado Joaquina Pereira, “uma destas raparigas de aldeia, meio senhoras, meio camponesas, a quem tratam pelo diminutivo afectuoso” no dizer de Aquilino. Ela era, pois, Quinita.
    Estamos em Março de 1841. Dois jovens quase da mesma idade apaixonam-se. Não haveria na pequena aldeia muito por onde escolher… Ela teria a frescura aldeã de uma maçã camoesa ainda não bem madura, mas a prometer doce sumo. Ele, galante q.b., ar citadino e bem-falante, com incipientes trejeitos de D. Juan. Ela, filha de gente enriquecida pelo comércio. Ele, futuro herdeiro de confortável património. Dela poderia dizer-se, como Camilo num conto: Como ela o amava!”. Dele diremos nós: Como ele era espertalhaço!
     Seguindo o exemplo da irmã Carolina, precipitou um casamento para poder apoderar-se da herança deixada pelo pai, parte da qual tinha sido delapidada pelos tios.
    Teixeira de Pascoaes, na obra citada, refere que o jovem compunha redondilhas para descantes e entremeses e aos domingos se divertia com a rapaziada a namorava Joaquina.
    Esta “moça de estatura regular, alta de peitos, morena e muito simpática” (palavras de Camilo) terá servido ao novelista de inspiração para o esboço de figuras femininas da ruralidade como Mariana (Amor de Perdição), Mafalda (Amor de Salvação), Teresa (Sexto dos Doze casamentos Felizes), Tomásia (Coração, Cabeça e Estômago), entre outras, como lhe terá sido útil a familiaridade com espaços e gentes da aldeia na delineação dos seus enredos. Não é por acaso que o próprio afirma, com parcial acerto: “Eu não tenho imaginação, tenho memória”.
    O casamento realizou-se na igreja de S. Salvador, na sede do concelho, e dela foi feito o seguinte registo cuja transcrição fomos encontrar em O ROMANCE DO ROMANCISTA de Alberto Pimentel:

“Francisco Xavier Alves, Reitor da Freguesia do Salvador da Ribeira de Pena, arquidiocese de Braga:
    “Certifico e atesto que em um livro dos assentos de casamento desta freguesia do Salvador, concelho de Ribeira de Pena, arquidiocese de Braga, está lavrado a fl. 43 o assento do teor seguinte: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, filho de Manuel Joaquim Castelo Branco e Jacinta Rosa Almeida do Espírito Santo, da cidade de Lisboa, e de presente assistente nesta freguesia do Salvador, e Joaquina Pereira, filha de Sebastião Martins dos Santos e Maria Pereira de França, do lugar de Friúme, desta freguesia do Salvador da Ribeira de Pena, contraíram o Sacramento do matrimónio por seus mútuos e expressos consentimentos in facie Ecclesiae conforme o Concílio Tridentino e Constituição do Arcebispado com comutação de proclamas para depois de recebidos na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, a dezoito de Agosto de mil oitocentos e quarenta e um: testemunhas presentes o Padre José Maria de Sousa, do Pontido de Aguiar e Francisco Ribeiro Moreira [casado com Maria do Loreto], de Friúme, desta freguesia….”

     De alguns aspectos singulares se reveste este casamento, além do já referido. Os pais de Quinita acreditaram ter encontrado para a filha um noivo rico. Contudo, foram eles que sustentaram o casal na sua humilde casa. Também foi Martins dos Santos, o sogro, que, acalentando a esperança de ter um genro médico, o enviou para a Granja Velha, a nove quilómetros de Friúme, para aí ser instruído por um padre que, entre outros conhecimentos então indispensáveis, lhe transmitiu os da língua latina. Estava, sem que isso lhe tenha passado pela cabeça, a separar os recém-casados, uma vez que o jovem só convivia com a mulher aos domingos e dias santos.
    As ténues relações foram esfriando (caso normal em C.), apesar do nascimento de uma filha, Rosa, nascida em 1843, abandonada, tal como antes a mãe, entretanto substituída por Patrícia Emília, em Vila Real. O precipitado abandono de Ribeira de Pena rumo a Lisboa terá obedecido a duas razões de peso: fugir de ajuste de contas exigido por uma versalhada em que o Camilo, com um jeito para a sátira já a despontar, põe a ridículo o casamento de um morgado com criatura de nível social inferior (!) e apoderar-se da quantia de 850$000 que lhe cabia da herança. A reacção pública à sátira afixada na porta da igreja de S. Salvador antes da missa das onze anunciava triste destino ao seu autor. Escreve ele no prefácio a Ao Anoitecer da Vida:  “Fugi com o Magnum Lexicon debaixo do braço e com os ossos direitos que aquela terra ingrata me queria comer.”
   Se camilo algum dia a amou, cedo se desiludiu e a sua presença se tornou entediante. Escreve: “…as nossas almas distanciavam-se tanto quanto os corações se identificavam. Não basta um forte e sincero afecto para nivelar igualdade de espíritos. O ar, os modos, este complexo de nadas que denotam convívio de boa sociedade, não os tinha, não os podia ter.”
    Foi triste, em tudo, o destino da rapariga que se apaixonou e deixou seduzir por um rapazola de lábia fácil e verso pronto, atributos suficientes para dourar a sua figura de bexigoso. Sabia-se traída, ali a poucos quilómetros. De visita à aldeia, a sua tia Rita não se inibiria de levar notícias de Vila Real, indiferente ao sofrimento que iria causar à sobrinha. À dor da traição e do abandono juntar-se-iam os maus tratos do pai a quem as contas acabariam por sair furadas.
    Foi a enterrar como indigente, sem a presença do marido que nunca haveria de assumir este compromisso. Quando deu entrada na cadeia da Relação do Porto, na sequência do rapto de Patrícia Emília, apresentou-se como solteiro e em outras situações omitiu sempre o estado civil de viúvo, apenas escarrapachado no registo do seu 2º casamento.
    O médico-escritor barrosão Bento da Cruz publicou recentemente Camilo Por Terras de Barroso e Outros Lugares. Na primeira parte, que antecede uma antologia de textos de camilianistas sobre a região, ao tratar do caso de Quinita assume ser essa a mulher do novelista a que, de todas as suas mulheres, lhe merece mais simpatia. E justifica: Quantas Joaquinas eu conheci na minha infância, verdadeiras rosas plenas de beleza, de cor, de alegria, de vida, e que, à entrada da puberdade, foram desfolhadas e reduzidas à miséria pela simples razão de serem mulheres.”

Registo de casamento de Camilo com Ana Plácido, transcrito no nº 124 do semanário Arquivo Nacional de 25 de Março de 1934:

“Aos nove dias do mês de Março do ano de mil oitocentos e oitenta e oito, nesta freguesia de Santo Ildefonso da cidade e diocese do Porto […] na minha presença compareceram os nubentes Camilo Castelo Branco, visconde de Correia Botelho e D. Ana Augusta Plácido, os quais sei serem os próprios, com licença para recebimento na sua própria casa por causa do estado valetudinário do nubente, dispensa de proclamas, e com os mais papéis dos estilos correntes, e sem impedimento algum canónico ou civil para o casamento; ele de idade de sessenta e um anos, viúvo de Joaquina Pereira França, falecida na freguesia do salvador de Ribeira de Pena, natural da freguesia dos Mártires da cidade e diocese de Lisboa, na qual foi baptizado e morador da freguesia de Santo Ildefonso, filho de Manuel Correia Botelho, natural de Vila Real de Trás-os-Montes e de mãe incógnita; e ela da idade de cinquenta anos, viúva de Manuel Pinheiro Alves.

Registo do óbito de Joaquina
(A certidão foi necessária para que Camilo pudesse casar em segundas núpcias com Ana Plácido). Diz o documento:
[…] Certifico que em um livro findo dos assentos de óbito desta freguesia do Salvador, Concelho de Ribeira de pena, Arcebispado de Braga, achei o assento do teor seguinte: Joaquina, casada, do lugar de Friúme e freguesia do Salvador de Ribeira de pena, faleceu com todos os sacramentos em dia vinte e cinco e poi sepultada aos vinte e sete de Setembro de mil oitocentos e quarenta e sete, foi sepultada como pobre, nada teve, e para constar fiz este termo.
Conclusão
    Todo o percurso vivencial de Camilo foi pautado por atitudes e comportamentos que fazem oscilar a reacção de quem o conhece: ora vituperamos o seu mau carácter, espantando-nos, por vezes, com o seu maquiavelismo e com a sua falta de escrúpulos, ora tentamos compreendê-lo e desculpá-lo com a infelicidade de uma infância vivida de Anás para Caifás, sem afecto nem referências, criado um pouco ao Deus dará, entregue aos maus instintos. Vários traumas terão justificado os desvios comportamentais de Camilo, temperamentalmente propenso à rebeldia, à estúrdia, à instabilidade, à irreverência e à provocação. Registado como filho de mãe incógnita, perde esta aos dois anos de idade. Dessa perda irreparável há-de falar na sua obra, lamentando não ter tido nunca um regaço materno onde reclinar a cabeça. Sete anos passados, é a vez de se despedir do pai. Sem parentela em Lisboa, o conselho de família, encarregue de decidir o futuro dos órfãos (Carolina era quatro anos mais velha), recambia-os para Vila Real onde seriam entregues aos cuidados da tia Rita Emília, única familiar viva e, como tal, futura administradora dos bens dos sobrinhos que delapida descaradamente com a conivência do amante. Mulher extravagante, gananciosa e dissoluta será recordada nas Memórias do Cárcere: “a irmã de meu pai, decrépita e cadavérica, disse-me que era necessário ser desgraçado para não contrariar o fado das nossas famílias.
    Se aos anos que passou com a irmã em Vilarinho da Samardã se refere como tendo sido os únicos felizes da sua mocidade, tal não significa que tenha encontrado junto dela o afecto de que carecia, dela dizendo que era boa para todos menos para ele.
    É, pois, um adolescente mal formado, apesar do convívio com um padre na Samardã, que assume, precoce e levianamente, um compromisso demasiado sério para a sua idade. Em carta a Alberto Pimentel, anos mais tarde, Camilo dirá: “este casamento foi uma infâmia”. A palavra foi bem escolhida e poderá ser adaptada a ligações amorosas irresponsáveis e inconsequentes cujo desenlace é o abandono do objecto do desejo, com excepção para Ana Plácido de quem, doente e com problemas de toda a ordem, dependia a sua sobrevivência. Porque, e citando Gondim da Fonseca em Camilo Compreendido, “é ela que o manteve, que o segurou, que lhe serviu de amparo, que foi a sua amiga e a sua escrava. Se porventura não se obstinasse em guardá-lo a todo o transe ele lhe fugiria, como fugiu de todas as mulheres.”
     Para Ribeira de Pena como para Friúme não foi vã a permanência de Camilo na região durante dois anos. Está ela na origem de visitas de estudiosos e de simples turistas, não só à igreja de S. Salvador, mas também à aldeia onde, se não fosse ele, talvez tivesse desaparecido a humilde habitação, sua residência de casado, tanto tempo votada ao abandono.
     Várias relações amorosas de Camilo, consumadas ou platónicas, não levantam problemas porque bem documentadas. Se a ligação sentimental a Fanny Owen levanta dúvidas, o mesmo não acontece com os casos de Patrícia Emília (Vila Real), Eufrásia, Isabel Cândida, Maria Felicidade Browne e Ana Plácido (Porto). Agustina e Aquilino falam ainda de uma Eugénia Vizeu que, na opinião de Alexandre Cabral, não passou de uma admiradora do seu talento. Recentemente Tavares Teles publicou Os Manuscritos de Gertrudes, onde inclui todas as cartas que essa mulher escreveu a Camilo em 1853 e 1854 e um diário a ele destinado. Não se tratou de uma paixão retribuída e se o escritor alimentou uma correspondência a que ele próprio pôs fim (já amava Ana), talvez tenha sido por sentir-se lisonjeado com tamanha dedicação.
     Não interessa, para o caso, quantas foram as vítimas imoladas no altar camiliano. Para os Ribeira-Penenses, mais importante é ser a sua terra o primeiro espaço de um roteiro sentimental daquele que foi considerado, no seu tempo, o maior romancista da península.

M. Hercília Agarez


Ribeira de Pena, 14 de Setembro de 2013


Nota: este texto não respeita o novo acordo ortográfico.

                                             OUVIR: PROGRAMA AGOSTO - Hercília Agarez



Sem comentários: