16 agosto 2012

Uma Academia de Duas Línguas

Ernesto Rodrigues


Comunicação apresentada na Academia Paraense de Letras, em Belém do Pará, Brasil, no dia 2 de Abril de 2012. 



Quero apresentar uma academia de duas línguas na terra mais montanhosa de Portugal, Trás-os-Montes, que, todavia, é uma região – e assim os seus autores, a sua literatura − sem paredes.
Três condições se requerem na definição de cultura, segundo T. S. Eliot: uma «estrutura orgânica» assente em classes sociais e transmissão hereditária; a especificidade geográfica, ou «regionalismo», desembocando em «culturais locais»[1]; a religião, com seus cultos e devoções.
Olhando ao chão transmontano, seria ocioso confrontar classe e elite, quando os grupos sociais mal se destacam e os antropólogos ainda se deliciam com manchas de comunitarismo agro-pastoril. Considerada a prioridade e riqueza deste, sucede «O principal canal de transmissão de cultura» (p. 43), a família, conceito que salta facilmente as paredes de um lar para formas colectivas. Assim se explicam estudos continuados sobre o nosso romanceiro, ímpar no contexto nacional; sobre a oratura em prosa, retrabalhada por vários ficcionistas; sem esquecer o disperso cancioneiro em quadras de redondilha maior, exemplarmente recolhido em quinhentas densas páginas do Cancioneiro Popular Transmontano e Alto-Duriense, de Guilherme Felgueiras[2].
Sirva-nos o índice geral deste para entendermos, numa Europa que se pretende de regiões, a pequena parcela transmontana. O seu quotidiano é de relação: com a natureza, os mundos animal e vegetal, entre galanteios e requebros, arrufos, chacota, «penas de amor», relação que fundamos em três núcleos essenciais: vida social e moral, incluindo-se, aqui, os costumes; vida material; linguagem.
Na vida social e moral, convergem bodas, baptizados, ritos fúnebres, demandas, outros eventos; com datas fixas, há cerimónias religiosas, festas, Entrudo; constantes são a má-língua e as noites ao calor da lareira. Serão, família, região − eis uma tríade feliz, base da cultura intersubjectiva e social.
Mas a cultura reforça-se com uma componente instrumental, um saber-fazer, na passagem à vida material: além da cultura da terra (na origem do sentido literal de cultura), de técnicas ancestrais ainda em uso, de ofícios, indústrias caseiras, somem-se adornos e trajes, alimentação, iluminação, etc. De tudo isto dá conta, miudamente, a leva de etnólogos, antropólogos, sociólogos, historiadores (sobretudo, historiadores das mentalidades). O estado de conservação de Trás-os-Montes seduz, para lá de paredes que recebem sempre bem. Não menos atenta a esse chão, e generosa, se mostra a literatura, alargando as potencialidades no campo da linguagem.
O que, no tocante às línguas, como se verá, tem a região de diversidade, tem de unidade em matéria de religião. Responde a contento ao voto final de Eliot, pois, «sem uma fé comum, todos os esforços para unir mais as nações, em cultura, não poderão produzir mais do que uma ilusão de unidade» (p. 82). Esta visão medieval é, ainda, a do tempo em que a Igreja cimentava a Europa política. Bem ou mal, a religião é força incontroversa, vazada em catolicismo apostólico romano, jamais imune ao paganismo de rituais festejados até pelos mais crentes, a par de crendices e bruxedos, de medicina popular, de pactos com o Diabo e tentações da carne que arrepiam serafins. Veja-se como o cónego Ochoa, que dá título ao romance O Cónego (2007) de Pires Cabral, desonra Gervásia, a filha do feitor Querubim. Já Herculano, o jacobino do lugar, reforça a palavra da rua, a atmosfera de merenda à lareira, concorrendo para um quadro aldeão disputado entre igreja e taberna. Citei quatro lugares de eleição, ou cenários – rua, lareira, taberna, igreja −, em que a força desta sai relativizada.
É extraordinário, porém, ver reunidas família, região e religião na mais comum figura do padre-escritor, cujo paradigma é Francisco Manuel Alves (1865-1947), Abade de Baçal, localidade próxima de Bragança. Muito do que sabemos de nós mesmos lhes é devido, misto de arqueólogos e cientistas sociais.
Deles deriva uma especialidade transmontana: em finais do século XV, com os Descobrimentos, nascem os nossos primeiros missionários, e, desde o século XVIII, não há vila que dispute o lugar a Freixo de Espada à Cinta, em braços, almas e orientes. O maior e mais quantioso do século XX, o padre Manuel Teixeira (1912-2003) –viveu 76 anos no Oriente, publicou 123 livros −, bibliografou 41 conterrâneos de cruz e batina, dando, em apêndice a Missionários de Freixo de Espada à Cinta (1993), lista de outros 54, quase todos com obra literária teológica e historiográfica, mesmo ficcional e lírica, e, não raro, bilingue, em português-mandarim. Alguns voaram até esferas que causam espanto, nesta inesperada conclusão: a sinologia tem dedos e glote transmontanos. Mas também o Japão tem os seus expoentes, caso do padre Jaime Coelho, autor do Dicionário Japonês-Português (1998). Entre os 3 500 volumes por ele oferecidos à Biblioteca Municipal de Bragança, muitos são em japonês.
O reverso desta história de religião é a guerra de religiões, que trouxe a Inquisição: agora, o intelectual expatria-se à força e opta pela Europa. No século XX, à perseguição política, junta-se o Brasil como terra de exílio.
Os núcleos judaizantes do Nordeste português sofrem razia. Entre as dezenas de ilustres que fogem, Isaac Oróbio de Castro (c. 1620-1687) filosofa, em Amsterdão, contra Spinoza; a partir de Londres, o médico Jacob de Castro Sarmento (1691-1762) divulga, em Portugal, Newton e a ciência do tempo.
Não párocos de aldeia, nem missionários, nem judeus, outros saíram, equivalentes, no pensamento, aos grandes marinheiros transmontanos Diogo Cão, Fernão de Magalhães, João Rodrigues Cabrilho: refiro-me aos humanistas de Quinhentos, e a quantos se dirigiram às universidades europeias, sobretudo, à da vizinha Salamanca. Relevo, aqui, o professor e poeta neolatino Inácio de Morais (1507?-1580).
Já peregrino de Europas e de cortes, temos Francisco de Morais, que no apelido transporta humilde terra do distrito bragançano. O seu Palmeirim de Inglaterra (c. 1544) funda parte da literatura universal: «Quién más discreto que Palmerín de Inglaterra?», lê-se no Don Quijote de la Mancha (1615, cap. I), que tanto o celebra na primeira parte (1605). Justo, equânime, esse herói bebeu num húmus de coisas fantásticas, mouraria, sensualidade e apelo constante à deslocação geográfica, que nos caracteriza. Conta Francisco de Morais que, na sexta-feira de Endoenças de 1521, um ferreiro de Bragança leu, numa igreja, A Celestina[3] Terras insólitas: se a Igreja condenava livros de cavalarias, mais condenava o realismo de Fernando de Rojas.
Onde buscar, entretanto, o peso ou sentido de região à luz do estrato cultural que é a literatura, cujo universo referencial fugidiamente descrevi? Na linguagem. Ao contrário do resto nacional, temos duas línguas oficiais, português e mirandês, e, registados, quando não pronunciados, os subfalares barrosão, sendinês, guadramilês e rionorês.
O rionorês ou riodonorense é o mais estudado, dadas as formas de comunitarismo que atraiu antropólogos no séc. XX. Em 1909, Daniel José Rodrigues reuniu, na revista coimbrã O Instituto, breves contos exemplares acompanhados de versão em português. Dou um exemplo:

Un dia un arrieiro cuntou q’habia curriu as cinco partes d’al mundo, e que entre outras cousas, habia bisto una en que ningun habia falado.
Iera un pie de berzas tan alto que cincoenta cavalheiros puestos a dreito uns dos outros pudiam andar da cabalo debaixo d’ua d’estas fôias. Un dos que uíran, num s’acordando d’ua d’estas cousas, dixo cun o maior descanso: q’el tamien habia viaxau, e que chegando al Xapon, habia bisto cun grande admiracion mas de três cientos de caldeireiros a trabaiar n’um grande caldeiron, drento d’al qual staban mas de cien persós a limpal’o. Mas que querien ellos fazer cun aquelle grande caldeiron?, precurou al principio. Era para cozer al ton pie de berza.

Versão

Um dia um arrieiro contou que tinha corrido as cinco partes do mundo e que, entre outras coisas, tinha visto uma na qual ninguém tinha falado.
Era um pé de couve tão alto que cinquenta cavaleiros formados podiam cavalgar debaixo duma das folhas.
Um dos ouvintes, não se lembrando de tal coisa, disse com a maior placidez que também tinha viajado e que, chegando ao Japão, tinha visto, com grande admiração, mais de trezentos caldeireiros, a trabalhar num grande caldeirão, dentro do qual estavam mais de cem pessoas a limpá-lo. Mas que queriam eles fazer com aquele grande caldeirão?, perguntou o primeiro. Era para cozer a tua couve[4].

Da gramática ao consultório linguístico na Imprensa escrita, na rádio e na televisão, foi gente nossa a pautar a língua nacional: nos séculos XVII e XVIII, Amaro de Reboredo e Madureira Feijó; no séc. XX, Augusto Moreno, Raul Machado, Edite Estrela.
Ora, é face à regra e sua reversão, à pronúncia oblíqua e seu registo, ao novidoso vocábulo, que esteticamente se perfila e transmite um conjunto particular de imagens em que nos solidarizamos, seja nesse chão ou nas comunidades por esse mundo de Cristo. O nosso mundo é «em qualquer Brasil», disse Miguel Torga, em conferência de 1948:

Nascemos aqui, mas nascemos desterrados, reais ou potenciais, e sempre com parte do sangue no exílio. Todos temos um irmão, um filho, um primo ou a família inteira em qualquer Brasil[5].

Na conferência “Trás-os-Montes no Brasil”, lida no Centro Transmontano de São Paulo e no do Rio de Janeiro, em 14 e 16-VIII-1954 – onde surge a célebre máxima «O universal é o local sem paredes» –, tem um paradoxo notável, ao afirmar que «realidade sem muros»[6], realidade paralela a «qualquer Brasil», era a região com mais muros e muretes: Trás-os-Montes, naturalmente... Este minifúndio da sobrevivência leva-me a pensar que a espécie mais adequável ao génio local é o conto. Exceptuando Eça de Queirós, o cânone do conto tira-se de Trindade Coelho, Domingos Monteiro, Torga, João de Araújo Correia, a par dos ainda vivos Bento da Cruz e Pires Cabral, entre tantos…
Ora, sobre esta região aberta ao mundo, cumpre citar os não-naturais, os que, de passagem, a enaltecem, ou nela firmam obra. Vamos, assim, do quatrocentista Fernão Lopes a Agustina Bessa-Luís, de Abel Botelho ao Ferreira de Castro que respirou Belém de Pará quando jovem, de António Nobre a Jorge de Sena...[7]  Outros são adoptados, como José Rentes de Carvalho e Herculano Pombo, cujo mal conhecido título Crescem Pães Pelos Outeiros (1994) releva de um ciceroneio aldeão entre pórtico de igreja e solar, nos mostra junta de bois puxando arado, estrume à espera de ganchas, sementeira, geadas, adubos, ferranha para as crias, segada, malhada, acarreja difícil por causa do restolho em pé leve, eiras, medas e palheiros, saco de grão, moinho, forno, cantigas e dizeres, malandrices, pitas, recos… Alguns destes termos nem um falante culto os entende.
Na primeira fila dos naturais que partiram, mas não cortaram liames, está um estranho Álvaro do Carvalhal (1844-1868) fazendo correr sangue e melodrama em seis contos; Guerra Junqueiro; Trindade Coelho; entre os vivos mais velhos, Luísa Dacosta, estreando-se com as «almas mortas» transmontanas de Província (1955), Diz ela, representando-nos a todos:

Tive uma infância feliz, não rica, mas feliz, sem infantário. Andei de burro, apanhei rãs nos rios, subi descalça às árvores, fiz magustos, fiz roupinhas e cozinhei para as bonecas em fogões pequeninos, mas autênticos, fiz enterros de passarinhos, todas essas coisas e que eu acho que são importantes para crescer[8].

A ausência da ‘pequena pátria’ pode te razões diplomáticas (Monsenhor José de Castro, Armando Martins Janeira); excepcionalmente, ideológicas (João Sarmento Pimentel, que morreu em São Paulo); económicas, laborais, educativas. O jornalismo obrigou à saída de inúmeros (Norberto Lopes e Raul Rêgo estão entre os maiores na história da Imprensa portuguesa), com mão na crónica, em alguma ficção e mesmo no verso. Eduardo Guerra Carneiro e Francisco José Viegas, actual secretário de Estado da Cultura, respondem por todos. Professores e ensaístas, em remissões constantes da terra-mãe na obra e na actividade pública, foram Emídio Garcia, Ferreira Deusdado, Maximino Correia, Santa Rita Xisto (primo de Camilo Pessanha, cuja família era de Mirandela), o simultaneamente encenador e tradutor do alemão Paulo Quintela[9], A. A. Gonçalves Rodrigues (fundador do ISLA, cujos 5 volumes de A Tradução em Portugal, desde 1495, são um marco), Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências e presidente honorário da Academia de Letras de Trás-os-Montes…
Na ordem de tarefas ciclópicas, releve-se Hirondino da Paixão Fernandes, cuja Bibliografia do Distrito de Bragança ultrapassa oito mil páginas. Acaba de sair o primeiro de dez volumes. Transcende as 800 páginas do vol. VII, dedicado aos “Notáveis”, das Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, do Abade de Baçal. Quer aqueles dez volumes, quer os 12 volumes da nova edição destas Memórias… são devidos ao município de Bragança, presidido pelo Eng. António Jorge Nunes, com a dra. Fátima Fernandes na vereação na Cultura.  
Como poderia eu, em fala breve, citar milhares de nomes que honram o quinto maior distrito de Portugal, com 6 608 quilómetros quadrados e uma população de tão-só 140 mil habitantes, ou seja, a décima parte de Belém do Pará? Não esquecerei o mais transmontano de todos[10], por aí se ter feito homem junto da e contra a família, e construído autor, entre os dez e os 22 anos, impondo-se novelista de atmosfera local logo na estreia (1851): Camilo Castelo Branco. No seu agitar da língua clássica, há larga composição do idiolecto provincial.
A atenção crescente ao local, às suas belezas naturais e potencialidades, estendeu-se ao Ultramar português, via Sociedade de Geografia de Lisboa, fundada pelo nosso Luciano Cordeiro.
Em artes afins às das letras, devêramos citar o anónimo flaviense de 1489, primeiro impressor em língua portuguesa[11]; na teorização estética de Seiscentos, Filipe Nunes; em Setecentos, o editor Francisco Luiz Ameno; um gesto aristocrático do Morgado de Mateus, ao entregar a Didot (Paris, 1827) a luxuosa impressão d’Os Lusíadas; a alma atlântica de Álvaro Pinto (1889-1957), que estudou em Bragança, fundou as nossas mais importantes revistas, divulgou autores brasileiros. Políticos e ministros não foram poucos, entre eles, Teixeira de Sousa, último primeiro-ministro da Monarquia.
Procurei associar a mundividência social à região e à religião. Decorreram daqui: expatriamento, no apelo da fé missionária, no fanatismo inquisitorial, bem como emigração dentro e fora, maioritariamente jornalística e universitária, mas indo até às partes ultramarinas e ao Brasil. O Nordeste português conserva-se locus sedutor para escritores e estudiosos, de passagem ou adoptados. Continua-se a cavar, por nacionais e estrangeiros, um chão cada vez mais seco e vazio de gente. Urge combater estas causas, em que a acção de uma academia pode ser útil.
Assim, num propósito de inclusão da segunda língua oficial de Portugal, o mirandês, criámos a Academia de Letras de Trás-os-Montes; desde os órgãos sociais à primeira antologia que organizámos, eu e Amadeu Ferreira proclamámos, logo no título, A Terra de Duas Línguas. A história do Mirandês – radicado no astur-leonês medieval, falado no concelho de Miranda do Douro por cerca de seis mil habitantes, cursado nas escolas locais e nas grandes cidades, já com entradas no ensino superior – resolve-se em pequenos passos, desde os estudos de José Leite de Vasconcelos, a partir de 1882, à recente tradução d’Os Lusíadas (2010).
Irmanados o riodonorense, o mirandês e o português, quer-se região mais diversificada linguisticamente?
Face a estas línguas, em renovadas linguagens do húmus popular entrando na criação individual, percebe-se como a literatura transmontana é um céu vastíssimo, que nenhum muro ou montanha divide. Os seus cultores vivem nas cinco partes do mundo, e assim os 80 membros da nossa Academia – não nos impusemos 40… −, a mais jovem (desde Junho de 2010) das onze academias portuguesas.
Deixo retrato da ‘pátria breve’ que, em mirandês e português, preocupa os nossos autores: «Solo difícil, condições económicas e socioculturais adversas, batalha esgotante pela sobrevivência, abandono e desertificação: […]. Mas, onde quer que estejamos, trazemos connosco as raízes. Faz-se cada um embaixador do reino[12]
Eu, pobre enviado, apresentei credenciais de um Nordeste português que urge visitar. A literatura é o melhor guia.
Agradeço a atenção.     


[1] T. S. [Thomas Stearns] Eliot, Notas para a Definição e Cultura [T. S. Eliot, Notes Towards the Definition of Culture, 1948], Rio de Janeiro, Zahar Editôres, 1965, p. 16.
[2] Lisboa, Edição da Revista Ocidente, 1966.
[3] Cf. Ricardo Jorge, A Intercultura de Portugal e Espanha no Passado e no Futuro, Porto, 1921, p. 14.
[4] Daniel José Rodrigues, O Riodonorense: Lendas. Folclore, Bragança, Edição da Junta Distrita, 1973, p. 16-17.
[5] “Teixeira de Pascoaes”, Fogo Preso, 1976; em Ensaios e Discursos, p. 203.
[6] Ensaios e Discursos, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002, p. 126.
[7] Ver Passeio de Trás-os-Montes. Antologia, org. de Elísio Amaral Neves, Grémio Literário Vila-Realense / C. M. de Vila Real, 2007.
[8] “Luísa Dacosta depõe [...]”, Jornal de Notícias (Porto), 24-II-1981.
[9] Homenagem e bibliografia em Biblos, LI, Coimbra, 1975.
[10] Como declaram Manuel de Laranjeira e Pascoaes. Cf. A. M. Pires Cabral, Albano Costa Lobo, Vila Real. Um Olhar Muito de Dentro, C. M. de Vila Real, 2001, p. 31.
[11] Sobre esse Tratado de Confissom, ver José V. de Pina Martins, “O primeiro livro impresso em língua portuguesa (Chaves, 8 de Agosto de 1489)”, Cultura Portuguesa, Lisboa, Editorial Verbo, 1974, p. 43-63.
[12] A Terra de Duas Línguas. Antologia de Autores Transmontanos. Coord. de Ernesto Rodrigues e Amadeu Ferreira. Bragança, Instituto Politécnico de Bragança / Associação das Universidade de Língua Portuguesa / Academia de Letras de Trás-os-Montes, 2011, p. 19.

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